Após entidades, médicos e pacientes se manifestarem contra a resolução que limita a prescrição médica de canabidiol, o CFM decidiu suspender decisão temporariamente.
O plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu suspender de forma temporária, nesta segunda-feira (24/10), a resolução que limitava a prescrição médica de canabidiol. Pacientes que fazem uso da cannabis realizaram, na última sexta-feira (21), um protesto silencioso contra a Resolução 2.324/22 em frente ao Conselho Federal de Medicina, em Brasília, e em outras capitais.
A decisão, publicada na manhã desta terça-feira (25) no Diário Oficial da União (DOU), determina que voltará a ser de responsabilidade do médico a indicação do uso do canabidiol, conforme regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo levantamento da Anvisa, mais de 100 mil pacientes fazem uso de algum tipo de tratamento com a substância. Anunciada no dia 14, a resolução foi amplamente criticada por diversas entidades e setores.
Na semana passada, cinco entidades assinaram uma nota contra a resolução. São elas: Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa), Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro) e Associação Brasileira das Indústrias de Canabinoides (BRCann).
As entidades defenderam o bem-estar de quem já faz o tratamento e obtém bons resultados. O manifesto critica, inclusive, o fato de médicos serem proibidos de expor esse tipo de tratamento em palestras e cursos sobre o tema.
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