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elano53

Novos medicamentos obrigatórios aos planos de saúde


Temos novidades no ar, com a incorporação de recentes tratamentos no rol da ANS.


Aliás desde 2022, quando o Congresso publicou a Lei 14.454, a Agência Reguladora dos planos de saúde tornou o seu processo de análise de novos procedimentos muito mais dinâmico. Foi um compromisso do órgão, para demonstrar que não havia omissão nesse sentido.


Fato é que a ANS aprovou, dia 19 último, a obrigatoriedade de cobertura de três novos tipos de medicamentos. Um serve para prevenção de vírus respiratório em bebês prematuros, outro para doença inflamatória da pela e um terceiro para leucemia.


Segundo explica a autarquia, são eles:


- Nirsevimabe, para a prevenção da infecção por vírus sincicial respiratório em bebês que nasceram prematuros;
- Secuquinumabe, para tratar pacientes adultos com hidradenite supurativa ativa (doença inflamatória crônica da pele que provoca inflamação) moderada a grave; e
- Zanubrutinibe, para tratamento da leucemia linfocítica crônica ou linfoma linfocítico de células pequenas, como primeira linha de tratamento ou para pacientes que tiveram falha a tratamento anterior.

As propostas foram submetidas diretamente à ANS, tendo todas passado pela análise técnica da Cosaúde –  que é o órgão responsável para tanto. Isso foi em setembro e dezembro deste ano. Também houve a Consulta Pública 139, que esteve aberta à participação da sociedade entre 11 e 30/10/2024. Os medicamentos passam a ter cobertura obrigatória na saúde suplementar, de acordo com suas diretrizes de utilização, a partir de 3/2/2025.


E quanto será que vão custar esses insumos para o setor?


Segundo uma simplória pesquisa no Google, a ampola do Beyfortus, por exemplo, que é aquele usado para prevenção respiratória dos bebês, custa R$ 3.600,00.


Já o preço do Consentyx, usado para psoríase grave, gera um custo de R$ 21.352,00 para o 1º ano de tratamento.  


A caixa do Brukinsa, para tratamento da leucemia, tem custo de mais de R$ 51 mil reais.


Não tenho dúvidas de que nós, pacientes, devemos comemorar a incorporação. Quem não quer ter ao seu alcance, coberto pelo seu plano, o tratamento mais moderno possível?


Mas a evolução destas tecnologias não deixa de ser um grande desafio para a acessibilidade à saúde suplementar. Ora, sabemos que não existe “almoço grátis”. Um tratamento mais caro leva a mensalidades mais caras. E precisamos lembrar disso quando chegar a hora do reajuste.


Para ter uma assistência de ponta, a conta não é barata.

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