Taxa de sinistralidade no setor atingiu 93,2% no terceiro trimestre deste ano, um incremento de 3,55 pontos percentuais.
As operadoras de planos de saúde registraram, no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, um prejuízo de R$ 3,4 bilhões contra um lucro de R$ 2 bilhões no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Considerando o resultado operacional — ou seja, sem o benefício da receita financeira, cujos ganhos somaram R$ 7,2 bilhões — a perda no acumulado do ano chega a R$ 10,9 bilhões, sendo que entre janeiro e setembro de 2021, o setor havia apurado um resultado operacional positivo de R$ 600 milhões.
Para efeitos de comparação, antes da pandemia, no acumulado dos nove primeiros meses de 2019, o resultado líquido do setor de planos de saúde somou R$ 8,5 bilhões.
A taxa de sinistralidade no setor atingiu 93,2% no terceiro trimestre deste ano, um incremento de 3,55 pontos percentuais. Considerando a média acumulada no ano, o indicador ficou em 90,3%. Em 2019, antes da pandemia, a sinistralidade foi de 86,77%.
“Esses números mostram que praticamente 90% do arrecadado com os planos é gasto com assistência à saúde”, disse Jorge Aquino, diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS.
Ainda de acordo com a agência, ao retirar os efeitos da inflação (IPCA), nota-se queda de 3% na receita de planos e de 2% nas despesas assistenciais no último trimestre, apesar do aumento do número de beneficiários, que atingiu 50,1 milhões de planos de saúde e 30,5 milhões de planos dental, em setembro de 2022. “A comparação da receita de planos e despesas assistenciais reforça os movimentos de estagnação da receita e sugere mudança dos beneficiários para planos mais baratos desde o 4º trimestre de 2021”, destaca comunicado da ANS.
Já o mercado de plano odontológico apurou um resultado líquido de R$ 450 milhões no acumulado dos nove primeiros meses, um aumento de 19,3% em relação a igual período de 2021.
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