Outros planos poderão acessar hospitais da Hapvida

A operadora, que acumulou ampla rede de atendimento para atender seus clientes, pretende agregar receitas dividindo agora essa capilaridade.

Com o mercado de planos de saúde aquecido, ganhando novos 850 mil beneficiários entre outubro de 2023 e outubro de 2024, cresce também a necessidade de estruturas médico-hospitalares capazes de absorver essa demanda crescente, tanto das operadoras quanto da rede particular.

Diante desse cenário, a Hapvida está ampliando o uso de sua rede própria e integrada, composta por mais de 800 unidades, para além dos seus próprios beneficiários. A operadora passou a disponibilizar sua estrutura para médicos e operadoras parceiras por meio de um modelo de “venda de serviços”, que permite o uso de equipamentos, hospitais e centros de diagnóstico por profissionais do corpo clínico aberto.

Presente em mais de 80% das unidades da empresa, a modalidade já responde por cerca de 3 mil procedimentos cirúrgicos e 60 mil atendimentos de urgência por mês, de acordo com a companhia.

“A capilaridade da rede, com presença nacional e protocolos monitorados, permite oferecer assistência com controle de qualidade e custo-efetividade”, afirma Sérgio Tranquez, diretor executivo comercial de Vendas de Serviços da Hapvida. O modelo tem sido adotado também nas novas unidades, como os hospitais Nilton Lins (AM), Santa Maria (CE) e Jardim Anália (SP), e nas próximas inaugurações em Belém (PA) e Recife (PE).

Rodrigo Nascimento, ortopedista que já utilizava a estrutura da NotreDame Intermédica — incorporada pela Hapvida — em São Paulo, considera o modelo vantajoso. “Há um controle efetivo da jornada do paciente, com uso de tecnologia, protocolos clínicos e indicadores que ajudam a reduzir falhas”, avalia.

A iniciativa pode representar uma alternativa de ampliação do acesso à saúde, ao mesmo tempo em que otimiza a capacidade ociosa da rede hospitalar existente. Para Tranquez, a abertura da estrutura a outros agentes do setor também pode fomentar novas parcerias com operadoras e seguradoras locais.

As informações são do Saúde Business.