Desde a deflagração da pandemia, houve um aumento de 3,4 milhões de novos usuários de planos de saúde totalizando 50,6 milhões de pessoas com o benefício — patamar histórico no setor. Essa expansão foi puxada pelos planos de saúde corporativos, principalmente os vendidos para empresas de pequeno porte com até cinco vidas. É a modalidade que mais cresce no mercado, com expansão de 75% (o equivalente a 1,8 milhão de novos clientes), nos últimos três anos e meio. Atualmente, há 4,2 milhões de pessoas com esse tipo de plano de saúde, segundo levantamento da consultoria Arquitetos da Saúde.
Esse público também vem sofrendo com reajustes elevados em seus planos, de até 25% em 2023. Diante desse cenário, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estuda mudar algumas regras para reduzir o risco da sinistralidade — indicador que mede a relação entre o quanto a operadora gasta com o beneficiário (despesas médicas) e quanto a operadora recebe do beneficiário (receita).
Atualmente, quando chega o período do reajuste, as operadoras reúnem os seus contratos PME (com até 29 usuários) e calculam um índice comum para todos os planos de saúde de empresas de pequeno porte, independente da sinistralidade de cada carteira. A ideia é diluir o risco. No entanto, essa conta parece não estar fechando. Neste ano, a mensalidade desses convênios médicos aumentou entre 16% e 25%, após um reajuste que variou de 15% a 20% em 2022.
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