Índice da ANS aponta que grau de insatisfação saltou de 2018 a 2023. A principal reclamação se refere à cobertura dos convênios
O Índice Geral de Reclamação da Agência Nacional de Saúde (ANS) registrou crescimento no que tange a insatisfação dos usuários de convênios nos últimos 5 anos. Segundo a série, implementada em 2018, o número era de 15,5 no primeiro ano de pesquisa. O nível subiu para 37 em 2022 e, nos quatro primeiros meses de 2023, o indicador saltou para 44,8. O dado foi divulgado nesta semana.
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De acordo com o levantamento, o líder de reclamações é Unimed-Rio. Em seguida, aparecem São Cristóvão Saúde, Notre Dame Intermédica e Alvorecer (confira lista abaixo). As principais reclamações se referem à cobertura dos convênios.
“Esses problemas são gerados por uma questão de cobertura de plano de saúde que não são entendidas pelos usuários. Cerca de 70% a 80% dos planos são contratados pelo mundo corporativo, pelas empresas, quer seja coletivo empresarial ou por adesão”, destaca Cláudio Tafla, presidente da Aliança para Saúde.
“Então, o usuário na ponta muitas vezes não sabe o que foi contratado. E por não saber, às vezes entra com demandas contra aquilo que não foi contratado e aí fica ao jurídico a decisão. Essa instabilidade, esse problema de comunicação tem que ser melhor trabalhado e desenvolvido”, conclui Tafla.
As maiores reclamações
Unimed-Rio — 164,9 São Cristóvão — 147,5 Notre Dame Intermédica — 120,2 Alvorecer — 117,4 Unimed São Gonçalo — 106,6 Vision Med — 100 Bradesco Saúde — 93 SulAmérica — 92,2 Humana Assis. Médica — 73,6 Prevent Senior — 63
A falta de compreensão existe, sem dúvida. Mas o MAIOR problema é o Poder Judiciário, que afasta a legislação específica aplicável aos plano de saúde e só utiliza o Código de Defesa do Consumidor, violando e vulnerando todo o sistema de saúde suplementar brasileiro.
A seguir desse modo por mais tempo, todos ficarão com seus "direitos" lastreados no CDC, mas sem ter de quem cobrá-los, pois a "quebradeira" é inevitável.