Segundo a EBC, diversos representantes de diferentes Unimeds serão convocados para depor na CPI dos planos de saúde (na ALERJ). Isso aconteceu porque o gerente da Federação das Unimeds do Rio de Janeiro deixou bem claro que só pode responder pelos seus consumidores e não por tudo que acontece com as demais Unimeds que atendem no Estado.
Como venho sempre esclarecendo, a Unimed não é uma coisa só. O sistema cooperativo envolve operadoras municipais diversas, outras estaduais. Existem também as Federações e as Confederações, que podem apenas congregar e apoiar as filiadas de uma certa região ou mesmo ter registro próprio de operadora. Tem a Nacional também, que é chamada de CNU. Elas possuem CNPJ´s diferentes, administradores próprios, gestão apartada e só dividem a mesma marca e a mesma crise. Enquanto estiverem adimplentes entre si, podem se valer do sistema de intercâmbio de atendimento.
O maior problema entre elas é a falta de coordenação, motivada especialmente pela disputa de vaidade entre os seus principais Diretores.
Mas, voltando para a CPI do Rio de Janeiro, lá se decidiu, nessa quinta-feira (12), que serão convocados a depor todos os responsáveis pelas representações locais do sistema Unimed, que abrange o maior número de beneficiários do estado.
A decisão foi encaminhada pelo presidente do colegiado, deputado Fred Pacheco, após depoimento do gerente jurídico da Unimed-Ferj, Carlos Finhani. Ele prestou depoimento no lugar do presidente da empresa, João Alberto da Cruz, que embora convocado, disse que não compareceria à audiência.
O executivo afirmou que a empresa só responde juridicamente pelos clientes da sua carteira e da Unimed-Rio, cujos beneficiários foram absorvidos em abril deste ano. E que, por isso, não tem o poder de tomar decisões nem de propor soluções em nome das demais representações da Unimed que atendem no restante do estado. "Se a Unimed-Ferj não pode responder pelas empresas singulares, então a gente vai chamar cada um dos responsáveis por elas pra que possamos encaminhar soluções e compromissos a fim de preservar a vida dos beneficiários", afirmou Pacheco.
Finhani reconheceu que há falhas no cumprimento de decisões judiciais contra os cancelamentos unilaterais de contratos e de pagamento de profissionais credenciados, fruto da absorção da carteira de cerca de 480 mil beneficiários da Unimed Rio, que havia entrado em Regime de Direção Fiscal pela Agência Nacional de Saúde (ANS).
Em razão disso, a Unimed-Ferj se comprometeu a criar um canal direto com a Comissão da Pessoa com Deficiência da Alerj. A ação tem como objetivo resolver, segundo Finhani, casos mais graves num prazo de até 24 horas.
“Quero lembrar que todos que aqui depõem estão sob o compromisso da verdade. Se há essa promessa, nós vamos encaminhar os casos e cobrar a solução imediata”, esclareceu Pacheco, que também preside a Comissão de Pessoas com Deficiência.
Durante a 5ª Reunião Ordinária, ficou decidida a prorrogação da CPI por mais 60 dias. O prazo original para o encerramento dos trabalhos era 29 de setembro.
O naufrágio do sistema certamente fará com que se inicie uma briga pelos coletes salva-vidas. Quem viver verá.
Aplaudo algumas gestões como da Unimed BH e da Unimed Ceará, que nadam distante desse cenário.
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