A pedido dos leitores, vou aprofundar a análise sobre os resultados dos principais planos da modalidade cooperativas, no 2º Trimestre de 2024 (último divulgado pela agência reguladora). Farei isso metodologicamente, usando o Power BI da ANS e o filtro dos 5 (cinco) melhores resultados operacionais e os 5 (cinco) piores.
Por que usar o lucro operacional? Porque esse sim reflete o desempenho das operadoras na atividade, ao trazer o que elas arrecadaram com o negócio e o que gastaram com os clientes. A divulgação que soma também os investimentos financeiros é apenas uma forma de tornar mais otimista o cenário. Não diz se a atividade econômica em si está rodando positiva ou negativa. Minha humilde opinião.
Então, sem mais delongas, vamos aos rankings:
TOP 5 LUCROS:
TOP 5 PREJUÍZOS:
As figuras poderiam ficar melhores, se eu usasse o meu excel. Mas fiz recortes diretamente do sítio da ANS, para que não me acusem de manipular algum resultado ou imagem. O dado é público e qualquer um pode acessar no link: POWER BI ANS.
Quanto aos lucros, já comentei anteriormente sobre a Unimed BH. Todavia, a que surpreende é a Unimed Vitória, tanto quanto a Unimed FERJ. Esta última pela recuperação inacreditável da carteira da Unimed Rio. Claro que isso tem um preço, duras medidas foram adotadas e ainda não é possível saber se o consumidor está satisfeito e se aceita a nova realidade de atendimento. Temos que esperar o comportamento desta curva ao longo dos próximos meses.
De seu lado, a cooperativa capixaba demonstra uma recuperação consistente, desde 2022. A operadora se estabilizou e cravou uma curva ascendente no seu gráfico econômico.
Olhando para a tabela de prejuízos, além da Unimed Nacional, vale anotar sobre a Unimed Fortaleza. É interessante constatar que o resultado final líquido da operadora está positivo, no trimestre. Ou seja, embora tenha gasto mais com a operação do que recebido de mensalidades, os investimentos da cooperativa cearense compensaram as perdas. Daí a importância de estarmos sempre atentando para a operação em si. Ora, pois, será mesmo que adianta a empresa ter uma excelente assessoria de investimentos e uma performance sofrível na gestão de saúde? Essa pergunta eu deixo para análise própria de cada leitor. Pode ser que alguns entendam que é válido, enquanto outros tenham que o déficit na atividade vai consumir a gordura dos ativos financeiros.
E aos leitores que sentiram falta do seu plano de saúde aqui, aguardo indicarem abaixo nos comentários, pois terei prazer em analisar.
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